Hosana ao Filho de Davi! Neste Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor (2/4), o Bispo Diocesano, Dom Luiz Antonio Lopes Ricci, presidiu a cerimônia na Catedral Diocesana São João Batista, em Nova Friburgo. A Missa começou no coreto da Praça Getúlio Vargas, em Nova Friburgo, onde aconteceu a benção dos Ramos e a proclamação do Evangelho de São Mateus (21, 1-11), narrativa da entrada de Jesus em Jerusalém, seguida de procissão até a Catedral.
Após a bonita e fervorosa procissão no coração da cidade, o Epíscopo, já na Catedral, convidou cada participante a apresentar a Deus suas intenções, pedidos e agradecimentos, os seus bons propósitos para esta Semana Santa. “Iniciamos hoje neste Domingo de Ramos da Paixão do Senhor a Semana Maior, a Semana Santa, a Semana da nossa Salvação... Estamos aqui reunidos para acolher Jesus como nosso Salvador. Foi esse o Evangelho que ouvimos no início da Santa Missa (no coreto), Jesus que é acolhido pelo povo como Messias”, destacou o Bispo no começo da homilia.
Sobre o significado dos Ramos, Dom Luiz Antonio explicou. “O ramo que levaremos para casa é um sinal de que hoje renovamos o compromisso de assumir Jesus como nosso primeiro amor. Colocar Jesus no centro de nossa vida. Esse é o sinal, o símbolo dos ramos. Por isso, os levamos para casa, para recordar sempre que hoje acolhemos Jesus como Salvador. Isso é muito importante!”.
E prosseguiu com a reflexão.
- Hoje Jesus tem saído de cena. É muito triste quando Ele sai do nosso coração. Não por vontade Dele, mas por vontade nossa. Quando Jesus sai da cena da nossa vida, vamos acolhendo outras propostas, pessoas, ídolos, e Jesus fica de lado. A celebração de hoje é fundamental, pois queremos iniciar a Semana Santa acolhendo Jesus como Salvador. Só Ele pode salvar, só Ele pode nos tirar do túmulo. Só Ele não decepciona. É Nele e apenas Nele que devemos colocar toda a nossa esperança. Vejam a profundidade da celebração de hoje. Acolher Jesus como Messias. Estender os ramos. Alguns estenderam as vestes, pois nós queremos hoje nos revestir de Cristo, colocar a veste do amor. São Francisco ficou nu para se revestir de Cristo, para ser um outro Cristo, para viver o Evangelho. Às vezes precisamos rasgar o nosso coração, as nossas vestes, nos despojar de tantas coisas para acolher Jesus como Messias e Salvador. Isso não é fácil!
Antes de concluir recordou algumas características do nosso Salvador, as quais somos chamados a imitar.
- Humildade, mansidão e paz. Esse é o nosso Deus, não tem outro, não sigam outro, porque não é Jesus Cristo. Tem muitas imagens de Jesus distorcidas por aí. Não temos o direito de criar um Deus à nossa imagem e semelhança. Não temos o direito de instrumentalizar a Palavra de Deus para interesses pessoais. Nós fomos criados à imagem e semelhança Dele. Ao olhar para Jesus hoje, entrando em Jerusalém num Jumentinho, vamos pedir a graça da humildade, a graça de sermos mansos. Ele entra montado num jumentinho, pois é o Príncipe da Paz. Entra desarmado com o poder do amor. Ah, esse é o poder!
Concluindo, mencionou o Evangelho da narrativa da Paixão do Senhor (Mt 27, 11-54), e recordou que aquele que entra em Jerusalém e é acolhido como um rei, rei humilde, manso e pacífico, é também aquele que dá a vida por nós, para continuar reinando em nossa vida. Por fim, também convocou a comunidade a não gastar a energia com coisas inúteis, mas sim com aquilo que vale a pena. "Hoje temos muito barulho, muitas discussões inúteis e não tocamos nas questões concretas da vida. Isso é cinismo, isso é fuga do real. Ah se gastássemos o nosso tempo com coisas que importam a Deus: a paz, a justiça, a partilha, a solidariedade! Não vamos gastar energia com coisas inúteis, não vamos deixar o nosso bluetooth ligado fora do coração de Jesus".A Santa Missa foi concelebrada pelo Vigário Paroquial da Catedral e Vice-reitor do Seminário Diocesano Imaculada Conceição, Pe. Raphael Santos. Ao final, foi apresentada a nova equipe de acolhida da Catedral Diocesana.
Texto e fotos: Grasiele Guimarães (Assessoria de Comunicação da Diocese de Nova Friburgo)