As relíquias de São Padre Pio de Pietrelcina estiveram na Igreja Nossa Senhora de Fátima, em Macaé-RJ, nesta segunda-feira (6) e na terça-feira (7), atraindo milhares de fiéis para sua veneração. Segundo o Bispo Diocesano, Dom Luiz Antonio Lopes Ricci, a importância dessas lembranças é colocar o católico como imitador do santo e, consequentemente de Jesus. “Venerar as relíquias de Padre Pio renovam o desejo de sermos mais humanos, sal e luz, fermento na massa, com frutos de conversão, num processo de adoração ao Senhor, como o santo, que recebeu os estigmas de Cristo em suas mãos”.
Macaé foi escolhida a cidade da Diocese de Nova Friburgo para receber as relíquias do Padre Pio de Pietrelcina. A partir daqui, as relíquias, que são administradas pela Fundação São Pio, retornarão para Nova Iorque (EUA).
Em Missa solene às 19h deste primeiro dia de exposição, o Bispo afirmou que o santo vivia a oração, era bom confessor e tinha o dom da caridade. Fundou o hospital de referência na cidade italiana de San Giovanni Rotondo para atender os mais necessitados e sofredores. Seu nome em italiano é “Casa Sollievo della Sofferenza”, que traduzido para o português é Casa Alívio do Sofrimento, administrada pela Cidade do Vaticano.
- O Padre Pio era um frei franciscano e excelente diretor espiritual. Tinha a virtude do acolhimento. Todos nós somos chamados a viver a santidade, ora como pais ora como filhos, ou como jovens ou como idosos, sempre experimentando as bem-aventuranças, disse Dom Luiz. Acrescentando que: “o santo é mais humano, tendo os mesmos sentimentos de Jesus Cristo. Ele não aponta para si mesmo, mas para Cristo. Santidade está em oposição à presunção, à arrogância e ao orgulho. Neste caso, o centro da nossa vida é Jesus”.
Dom Luiz Ricci fez analogia entre as feridas de Padre Pio e as chagas que a humanidade tem. “Quem não tem feridas?”, questionou aos fiéis. No mundo encontramos aflições como por exemplo as enchentes no sul do país, as guerras pelo planeta, além das doenças e sofrimentos, sejam dores físicas, mentais ou espirituais. Porém Jesus quer cicatrizar nossas feridas, estancando as hemorragias”, concluiu ele.
Concelebraram esta missa, o Vigário Geral da Diocese, Pe. Jorge Eduardo Coimbra do Almo, incluindo o Vigário Episcopal do Litoral, Pe. Gleison Lima (organizador desse projeto em Macaé), o Pe. Fábio Felippe, que recebeu em sua paróquia estas relíquias e outros padres de Macaé e região, além da presença de diáconos, seminaristas, religiosas e fiéis leigos.
As relíquias passaram na cidade do Rio de Janeiro e são levadas para dioceses mundo afora. As relíquias desse padre italiano do século passado usadas para veneração são mecha de cabelo, uma crosta de uma das chagas que marca seus estigmas, gaze com seu sangue), luva usada para proteção dos estigmas e um fragmento do hábito que o santo usava.
Entre os sinais milagrosos que lhe são atribuídos encontram-se os estigmas, que duraram cinquenta anos (20 de setembro de 1918 a 23 de setembro de 1968), e o dom da bilocação. Entre os muitos milagres, está a cura do pequeno Matteo Pio Colella de San Giovanni Rotondo, sobre o qual se assentou todo processo canônico que fizeram do frade São Pio.
Uma experiência sobrenatural
Para o autônomo Jeferson Salmeiro a exposição das relíquias remetem a uma experiência sobrenatural. “Este é um santo de nossa época, devidamente detalhado em espetacular homilia de nosso bispo. Já a aposentada Josilene Peruzzi disse que estas lembranças são muito importantes para a Igreja e Macaé teve o privilégio de recebê-las. “São Padre Pio é um modelo para que encontremos a santidade aqui neste mundo, seguindo os passos de Jesus Cristo”, finalizou ela.
Texto: Alexandre Bordalo
Fotos: Pascom da Paróquia Nossa Senhora de Fátima (Macaé)