A Quarta-feira de Cinzas, celebrada em 14 de fevereiro de 2024, iniciou um tempo novo na Igreja, momento voltado à oração, ao jejum, à penitência, à conversão e à reflexão: a Quaresma. Na Diocese de Nova Friburgo a data marcou ainda a abertura diocesana do Ano da Oração, que acontece em preparação para o Jubileu de 2025.
Dom Luiz Antonio Lopes Ricci presidiu a cerimônia na Catedral Diocesana São João Batista, em Nova Friburgo. Ladeando o Bispo Diocesano estavam Pe. Marcelo Fróes, Vigário Paroquial da Catedral, e o Pe. Raphael Santos, Vice-Reitor do Seminário Diocesano. Estavam presentes também os seminaristas diocesanos que retornaram para o começo do ano letivo na Casa de Formação da Diocese.
“Estamos aqui irmanados em torno do altar para participar da Santa Missa nesta Quarta-feira de Cinzas, com a qual nós iniciamos esse tempo favorável, tempo de graça que é a Quaresma. É um tempo que passa muito rápido, pois no dia 31 de março já vamos celebrar a Páscoa do Senhor”, enfatizou o Bispo no começo da pregação.
E falando justamente sobre esse tempo favorável Dom Luiz Antonio apontou a Quaresma como um grande retiro, uma preparação que a Igreja nos oferece para celebrarmos bem a festa maior: a Páscoa do Senhor. “Vamos procurar viver esse tempo com os exercícios quaresmais: a esmola - solidariedade, caridade partilha; a oração - a nossa relação com Deus; e o jejum - que diz respeito ao autocontrole, temperança, liberdade interior, mas também está ligado ao próximo, à partilha. Muitas vezes o que sobra na nossa mesa falta na mesa dos outros”, pontuou o Dom Luiz Antonio.
O Prelado mencionou ainda a Campanha da Fraternidade 2024, que tem por tema ‘Fraternidade e Amizade Social’.
- Hoje também damos início à Campanha de Fraternidade. Neste ano o tema é Amizade Social, tema muito caro, muito querido ao nosso Papa Francisco. Amizade Social, “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt 23, 8). É um tema muito atual para que a gente possa resgatar aquilo que é fundamental nas relações humanas, que é respeito, o amor, a dignidade humana. Quando falamos em Amizade Social falamos em respeito ao outro, sobretudo ao outro que pensa diferente de mim. Viver como irmãos. Esse é o desejo de Deus, que todos sejam um. O Objetivo Geral da Campanha é despertar para o valor e a beleza da fraternidade humana, promovendo e fortalecendo os vínculos da amizade social, para que em Jesus Cristo a paz seja realidade entre todas as pessoas e povos... Quando colocamos Jesus no Centro permanece a unidade, não a divisão – disse.
Dom Luiz Antonio falou a respeito do Ano da Oração, inaugurado neste dia em toda a Diocese.
- O Papa Francisco pediu que o ano de 2024 seja dedicado à oração. O tema da oração é muito forte no Tempo da Quaresma, intensificar a oração. Mas o Papa pede que 2024 seja um ano dedicado à oração por quê? Pois vamos ter o Sínodo em outubro e o ano de 2025 é o Ano Jubilar na Igreja. A cada 25 anos temos o Ano Jubilar, então é uma preparação para o Jubileu de 2025. Intensifiquemos a nossa vida de oração, não só na Quaresma, mas durante todo o ano.
E prosseguiu explicando como será vivenciado este tempo singular na Diocese.
- Lançamos o nosso Ano da Oração 2024. Com a ajuda dos leigos, de tantas pessoas do Conselho Diocesano de Pastoral, tivemos uma ideia de aproveitar o tempo litúrgico para acentuar um aspecto da oração. No Tempo da Quaresma em nossa Diocese, vamos acentuar a Oração da Escuta, escuta do Senhor, da Palavra de Deus... Depois, no Tempo Pascal, a Oração de Adoração, o silêncio diante de Deus, a gratidão. No Tempo Comum vamos ter dois momentos, a Oração de Intercessão, quando pedimos pelos outros, depois a Oração de Ação de Graças - temos muito a pedir e a agradecer, rezar uns pelos outros. No Tempo do Advento vamos ter a Oração da Reconciliação, da solidariedade concreta, das boas obras. Hoje, como Bispo Diocesano, abro oficialmente em nossa Diocese o Ano da Oração, nesta quarta-feira de cinzas, acentuando neste tempo do Quaresma a Oração da Escuta. ‘Fala Senhor que o teu servo escuta’ (1 Sm 3,9) – concluiu o Bispo.
Logo após teve início a benção e imposição das Cinzas na fronte dos fiéis. Esse sacramental tem como intenção nos conduzir ao arrependimento de nossos pecados. As cinzas também nos recordam que somos pó e ao voltaremos, nos conduzindo ao desapego à vida terrena.
Ao final todos rezaram a Oração de Jubileu.
Texto e fotos: Grasiele Guimarães (Assessoria de Comunicação da Diocese)
Oração do Jubileu
Pai que estás nos céus,
a fé que nos deste no
teu filho Jesus Cristo, nosso irmão,
e a chama de caridade
derramada nos nossos corações pelo Espírito Santo
despertem em nós a bem-aventurada esperança
para a vinda do teu Reino.
A tua graça nos transforme
em cultivadores diligentes das sementes do Evangelho
que fermentem a humanidade e o cosmos,
na espera confiante
dos novos céus e da nova terra,
quando, vencidas as potências do Mal,
se manifestar para sempre a tua glória.
A graça do Jubileu
reavive em nós, Peregrinos de Esperança,
o desejo dos bens celestes
e derrame sobre o mundo inteiro
a alegria e a paz
do nosso Redentor.
A ti, Deus bendito na eternidade,
louvor e glória pelos séculos dos séculos.
Amém