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“São Francisco foi um Evangelho vivo”, diz Bispo durante peregrinação da relíquia e imagem do santo
“São Francisco foi um Evangelho vivo”, diz Bispo durante peregrinação da relíquia e imagem do santo
Data: 11.03.2023
A Diocese de Nova Friburgo recebeu entre os dias 9 e 11 de março a visita da relíquia e da imagem de São Francisco de Assis, sendo recepcionada de Fraternidade São Roque, em Nova Friburgo. A peregrinação está acontecendo por todas as fraternidades do Brasil como parte das celebrações de 800 anos da aprovação da primeira regra da Ordem Franciscana Secular (conhecida como Terceira Ordem Franciscana), pelo Papa Gregório IX, em maio de 1221.
AcolhidaNa tarde de 9 de março, relíquia e imagem chegaram à Paróquia Santo Antônio e São Francisco de Assis, no Centro de Nova Friburgo, na qual a recepção aconteceu com orações diante do Santíssimo Sacramento, conduzidas pelo Administrador Paroquial, Pe. Marcus Vinícius Moreira Falcão.Mais tarde, às 17h, o Bispo Diocesano, Dom Luiz Antonio Lopes Ricci, presidiu a Missa de acolhida na qual aconteceu a profissão definitiva na Ordem Franciscana Terceira Secular de Cintia Souza e Flávio Dias Correa, aos quais o Epíscopo se dirigiu. “Eles agora abraçarão este carisma para serem um sinal de paz e bem na sociedade, no mundo secular, na história, na Igreja, na sociedade. Onde quer que estejamos precisamos ser um sinal de luz e de paz, dentro da Igreja e fora dela”, enfatizou no começo da cerimônia.- Quero agradecer a oportunidade de estar aqui. Desde 2015, a relíquia e a imagem partiram de Assis (na Itália). Elas percorreram o mundo todo, a mesma imagem e a mesma relíquia. Que bom estarmos aqui hoje em comunhão com toda a humanidade. Primeiramente por meio da Eucaristia. Estamos irmanados aqui como discípulos batizados em comunhão com toda a humanidade. Por isso, rezamos pela paz no Brasil e no mundo – disse Dom Luiz Antonio durante a pregação.
O Epíscopo recordou que São Francisco sempre esteve à frente de seu tempo, plantou a fraternidade universal (irmão sol, irmã lua), plantou o diálogo, a união, o respeito. “Já se passaram mais de 800 anos e ainda estamos muito longe disso tudo”, alertou o Bispo. Fazendo memória ao Dia Internacional da Mulher, cuja data é 8 de março, recordou o respeito que Francisco tinha por Clara, num tempo em que a mulher era tão desvalorizada.
- Qual foi o segredo para que São Francisco se tornasse um santo tão popular, não só entre os católicos, pois ele é da humanidade, é admirado por todas as pessoas. Sabem por quê? Sabem de onde ele tirou tudo isso? Simplesmente da vivência do Evangelho. A regra de São Francisco qual era? Viver como o Evangelho. Se estamos distantes do carisma de São Francisco, muito mais distantes dos ensinamentos de Jesus. Já se passaram 2000 anos e ainda não entendemos o que é paz, amor, perdão, misericórdia, respeito – evidenciou o Dom Ricci.
O Sucessor dos Apóstolos salientou que acolher a relíquia de um santo é se deixar provocar por ele, senão nada muda em nossa vida. “Se queremos uma vida santa não vamos complicar, basta seguir o Evangelho, a sua essência é o amor, a misericórdia, a paz, a salvação, é o mandamento maior: amar a Deus, ao próximo e a si mesmo. São Francisco entendeu que não precisava complicar as coisas, basta viver o Evangelho. Assim restauramos a nossa vida, a Igreja, a partir da Palavra de Deus, pela qual devemos nos deixar guiar”, disse.- Queremos acolher essa relíquia de coração aberto. É uma relíquia de primeiro grau. É um pedaço de um osso de São Francisco, é uma parte de seu corpo. Nós aqui estamos como membros do corpo. Que corpo é esse? A Igreja. Somos a parte do corpo chamada sociedade. Esse corpo tem como cabeça Jesus Cristo. Ele tem que ser a cabeça do corpo, nós somos membros. Esse corpo é animado, é conduzido pelo Espírito Santo, que foi derramado sobre nós. Acolher uma relíquia significa voltar o nosso olhar para a vida desse santo, para se sentir membro também do grande corpo chamado Igreja e renovar o nosso desejo pela santidade que é acessível a todos nós. Este é o chamado! Estamos no Ano Vocacional, somos chamados a ser santos e santas. O que isso significa? Viver o Evangelho, fazer a vontade de Deus, se tornar cada vez mais humano. Quanto mais humano mais santo, quanto mais santo mais humano. Ser santo é viver os ensinamentos de Cristo, e São Francisco entendeu isso – refletiu.Dom Luiz Antonio enfatizou que “São Francisco foi um Evangelho vivo”. E antes de concluir a pregação evidenciou que a Igreja é a favor do Evangelho e contra a pobreza, pois a pobreza mata.Encerrada a homilia, procedeu-se a profissão de fé de Cintia e Flávio. Antes da bênção final, o Ir Leandro da Ordem Franciscana Secular (OFS) proferiu os agradecimentos. Concelebraram os Padres Gelcimar Petinati, Vigário Episcopal Sede; e Marcus Vinícius Moreira Falcão. O Bispo Diocesano também agradeceu à presença do Pastor Edson, da Igreja Metodista; e do Reverendo Alexandre, da Igreja Anglicana. Também estava presente na cerimônia a Ir. Beatriz (Franciscanas de Dillingen).
PeregrinaçãoNeste mesmo dia, saindo da Paróquia Santo Antônio e São Francisco de Assis, a relíquia e a imagem foram levadas para a Capela São Francisco de Assis, no bairro Rui Sanglard, e Nova Friburgo, comunidade pertencente à Paróquia Imaculada Conceição. Foi um profundo momento de fé e piedade cristã, com a acolhida pela comunidade e Santa Missa presidida pelo Pe. José Cordeiro, SJC. Estiveram presentes os aspirantes do Centro de Formação Dom Bosco, a Ir. Aparecida (Franciscanas de Dillingen) que falou um pouco sobre a vida de São Francisco e os Ir. Flávio (OFS) e Leandro (OFS).
Mais tarde, às 22h30, a relíquia e a imagem chegaram à Associação Bodas de Caná, casa de acolhida de dependentes químicos, em Campo do Coelho, onde reside o Ir. Flávio Dias, OFS, na qual foi realizado breve momento de oração com os internos e visitantes.
Na manhã de 10/3, após a Celebração da Palavra e oração junto aos residentes da Associação Bodas de Caná, a relíquia e a imagem foram novamente transladadas para a Paróquia Santo Antônio e São Francisco de Assis. A Visita aos irmãos do Serviço aos Enfermos e Idosos aconteceu por volta das 12h. Mais tarde, às 15h, aconteceu a saída para a Paróquia São Roque, em Olaria, na qual houve orações, meditações e coroa franciscana. Encerrando a programação do dia, às 20h, relíquia e imagem foram levadas para a residência das Irmãs Franciscanas de Dillingen (Sítio São João).
Finalizando a peregrinação em Nova Friburgo, na manhã de 11/3, relíquia e imagem seguiram em direção à Catedral Diocesana São João Batista, no Centro, onde foi realizada a Missa de despedida, às 11h. Presidiu a celebração o Pe. Raphael Santos, Vigário Paroquial da Catedral Diocesana, e transcorreu-se o envio de ambas para outra Diocese.
Retorno à Diocese de Nova Friburgo Vale ressaltar que ambas retornarão para a nossa diocese ainda no mês de março, passando os dias 29, 30 e 31/3, pelas cidades de Rio das Ostras e Quissamã. Confira a programação.27/3 - Chegada à Fraternidade Nossa Senhora do Desterro, em Quissamã29/3 - Envio para a Fraternidade São Benedito, em Rio das Ostras; 19h: Santa Missa na Paróquia São Benedito30/3 - 8h: Adoração ao Santíssimo Sacramento e exposição da relíquia para a veneração e Oração das Laudes; 15h: Terço da Misericórdia; 17h30: Oração das Vésperas; 19h: Santa Missa presidida por Dom Luiz Antonio31/3 - 8h: Laudes; 9h30: Coroa Franciscana; 12h: Missa de despedida.
Texto: Grasiele Guimarães (Assessoria de Comunicação da Diocese) e Pascom da Paróquia Imaculada Conceição (Jardim Ouro Preto)
Fotos: Grasiele Guimarães (Assessoria de Comunicação da Diocese) e Pascom das Paróquias
A celebração foi transmitida AO VIVO pelas redes sociais da Diocese. Confira abaixo.
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